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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Por Onde Fui: Realizando um Sonho em Londres - Por Catarina Adamo

E o Por Onde Fui desta semana é na terra dos Beatles e da Queen Elizabeth que foi a realização de um sonho da Catarina Adamo, então confira como foi a passagem dela por lá! Envie seu texto você também!

Por Catarina Adamo

Realizando um Sonho em Londres

Quem me conhece sabe que o meu sonho era conhecer Londres. Eu mesma não faço a menor ideia de quando nasceu essa vontade de conhecer a terra da Rainha Elizabeth, só sei que essa vontade só cresceu com o passar do tempo e eu me tornava cada vez mais apaixonada pelo lugar.

Foi quando, em 2011, eu tive a oportunidade (leia-se dinheiro) de realizar meu sonho. Optei por ficar 12 dias em Londres, mas confesso que desde o princípio eu ficaria lá para sempre.

A primeira experiência realizadora para mim, além de chegar à Londres, foi andar em um famoso black cab, aqueles carrinhos pretos bem antigos que são usados como taxi. Depois fui descobrir que eles são os taxis mais caros e não vale a pena usá-los, nesse ponto é melhor arrumar um taxi comum e mais moderno mesmo.

Black Cab
Apesar de ter ficado hospedada em um hotel bem distante do centro de Londres, em Elstree, valeu a experiência. Eu tinha que pegar um ônibus todos os dias que me levava do ponto próximo ao hotel até a estação de trem, onde pegavamos um trem até a estação de Sta. Pankras (que fica ao lado da famosa estação King Cross e ambas são estações de trens que fazem viagens nacionais e internacionais). O transporte público de Londres é super eficiente.

Tudo é muito bem sinalizado, tudo funciona, as manutenções são feitas diariamente durante a madrugada e isso ajuda bastante. Em 12 dias, pegando o metrô e o trem em horário de pico, não fiquei parada no meio do túnel nenhuma vez. No começo é um pouco difícil pegar o trem, porque na mesma plataforma passam trens que vão para diferentes destinos, além de nem todos pararem em todas as estações. Isso você aprende lendo a placa com os trens que muda a cada trem que passa, além do aviso sonoro que repete tudo o que está escrito na placa.

Parlamento
No metrô temos várias linhas, que levam a vários lugares e várias delas se interligam em várias estações, o que facilita o fluxo de pessoas e não deixa que o metrô seja super-lotado como vemos em alguns lugares (inclusive aqui no Brasil). Há também uma linha circular que facilita muito a vida.

Para andar de trêm/metrô/ônibus em Londres você tem várias opções de bilhetes. O ideal, nesse aspecto, é você ter uma ideia de quanto pretende usar os transportes públicos por dia e quanto tempo ficará na cidade. Como também existe uma série de ciclovias pela cidade, se você não for ficar muito tempo ou não vai visitar locais mais distantes, vale a pena fazer o aluguel de bicicletas públicas. Se você for adapto às bicicletas, tenha cuidado. Andar fora das ciclovias, mesmo que para pegar um a talho, pode lhe render uma multa.

Estação de trem de Elstree
Para aqueles que vão ficar uma semana ou mais em Londres, como foi meu caso, vale a pena comprar um Oyster Card. É como um bilhete único, mas com ele você pode utilizar todos os meios de transporte público. Você paga 5 libras esterlinas pelo cartão e mais 50 libras para ter direito a usar o cartão por sete dias, quantas vezes quiser por dia. Vale muito a pena!

Se você for visitar pontos mais distantes, eu aconselho o uso do metrô/trem, mas se as distâncias percorridas forem curtas, sugiro que o percurso seja feito a pé ou de ônibus, porque a cidade é muito bonita e vale a pena ser apreciada. Só não se esqueça da mão inglesa, tanto para atravessar a rua quanto para pegar o ônibus no sentindo correto.

Os ingleses são ótimos, educados, solícitos e pontuais. Não se assustem se um se oferecer para te levar até o local que você deseja chegar, porque eles vão fazer e sem nenhuma segunda intenção. Eu também desconfiei mas me dei bem!

A cidade é bem grande e dividida por zonas e eu sei que em 12 dias não pude ver metade das coisas legais que Londres tem por ali. Mas os pontos turísticos principais merecem dedicação.

Eu fazia questão de passar na frente do Parlamento todos os dias, é demais! Vale a pena pagar para andar na London Eye, a roda gigante que é gigante mesmo. De lá é possível tirar uma foto aérea da cidade, e o Parlamento sai muito bem nessas fotos. 

Parlamento visto da London Eye
Aconselho que cruzem andando o Hyde Park, onde eu consegui interagir com esquilos fofos. Lá o pessoal alimenta os esquilos, toma banhos de sol na primavera e no verão (e eu tive muita sorte de pegar 10 dias, dos 12, de tempo bom e sol) e no fim do parque você chega ao Palácio de Buckingham, onde vive a Rainha Elizabeth. Todos os dias acontece a troca de guarda na frente do palácio, com portões fechados, mas dá para assistir. Eu acompanhei a troca em 2 dias diferentes e são trocas diferentes, então se puderem repetir o passeio vale a pena! Outra troca de guarda que é muito legal de ver é a da guarda montada, que também fica perto do Palácio de Buckingham.

Palácio de Buckingham

Troca de Guarda no Palácio de Buckingham
A abadia de Westminster também fica perto do Parlamento, mas eu não paguei as 16 libras esterlinas para entrar porque me deixaria apertada. A Catedral com mesmo nome é surpreendente. Como a abadia tem uma arquitetura bem mais clássica, fui esperando uma catedral semelhante, no entanto tive uma boa surpresa porque ela é muito mais moderna e linda! 

A London Bridge e a Tower Bridge também ficam na região de Westminster e cruzam o rio Tamisa e podem ser visitadas no mesmo dia. Aconselho deixar a Tower Bridge para o fim do dia, porque ela fica muito bonita iluminada. Eu tentei esperar ela abrir para ver como seria, mas infelizmente ela abriu quando eu estava em cima dela, de ônibus, e o motorista não deixa você saltar sem ser no ponto. Então perdi essa parte do espetáculo.

Tower Bridge

Londres não é o lugar mais barato da Europa para se fazer compras, mas as principais lojas ficam na Oxford Street (lojas mais populares e de departamento) e na Picadilly Circus você se depara com mais lojas, e com mais luxo.

Os museus são gratuitos às quartas-feiras e o valor que você deposita da urna é uma decisão sua em forma de doação para o museu. Escolhi conhecer o museu de Albert & Victoria, que é bastante interativo. Você pode vestir roupas dos séculos passados, por exemplo. O museu na cavalaria também é bastante legal e conta a história da cidade. O museu de Sherlock Holmes é muito bem feito e o Wilson que nos recebe arranha o português quando nos declaramos brasileiros! É muito divertido.

Museu da Montaria

Museu de Albert & Victoria
Quando se tem mais tempo você tem a liberdade de ir mais longe, e eu arrisquei indo conhecer o hemisfério de Greenwich que é muito legal. No local onde passa a linha do hemisfério existe um observatório muito interessante e também interativo. A paisagem lá de cima é muito bonita, e vale um passeio de quase um dia todo.

Observatório de Greenwich

Hemisfério de Greenwich
Se você gosta de feirinhas de rua, o distrito de Notting Hill é o lugar certo! Conforme você anda entre as barraquinhas espalhadas pela rua, que fica fechada para os carros, você encontra um artista de rua com sua banda independente tocando músicas que agradam a todo o público. Ali você encontra muitos objetos usados com preços muito bons nas barracas, mas há lojas e restaurantes fixos que ajudam a compor a paisagem com faixadas coloridas.

Notting Hill
Ah, e se você é fã dos Beatles vale a pena esticar a caminhada até a Abbey Road, mas não é fácil tirar uma foto clássica como a da capa do álbum porque o tráfego de carros hoje em dia é bem grande e, vamos combinar, ninguém pararia para alguém bater uma foto, a não ser que você seja um Beatle!

Abbey Road
Em Londres é possível encontrar todos os estilos de pessoas, mas o lugar onde todos eles estão juntos e misturados é em Candem Town. Entre tantas lojas dos mais diversos tipos de roupa, você ainda encontra uma grande praça de alimentação com banquinhos coloridos como se fossem traseiras de motos. A comida lá é boa e barata, para um lanche rápido vale muito a pena. Encontrei por lá uma barraquinha de comida brasileira, onde pude matar a saudade do pão de queijo. Mas ele tinha de coxinha à feijoada e disse que nossa comida faz bastante sucesso lá e não é só entre os brasileiros que trocaram o clima tropical do Brasil pelos dias cinzentos e chuvosos da capital Inglesa.

Candem Town
Em 12 dias eu vi muita coisa, conheci muita gente e sei que ainda tem muito o que ver. Voltei chateada por ter que voltar, mas amando ainda mais essa cidade onde sonho viver. Foi um lugar que conheci e nada me decepcionou apesar das minhas grandes expectativas. E sempre que me perguntam uma indicação de viagem, minha resposta na ponta da língua é "Londres".

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