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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Por Onde Fui: Lua de Mel em Natal - Por Seiti Yamashiro

E no Por Onde Fui de hoje temos Seiti Yamashiro contando como foi ir para Natal em sua lua de mel! Mande o seu relato também!

Por Seiti Yamashiro

Lua de Mel em Natal

Em uma de minhas poucas viagens para fora de SP, fui conhecer em lua de mel, com minha querida esposa,  Natal  – RN.
A cidade possui praias lindas. Mesmo quem, como eu, não costuma mergulhar ou se banhar nas àguas do mar, não se cansa de admirar o visual. Areias claras contrastando com o um mar esverdeado brilhante,  com o céu azul  e límpido. Parecia que havia um photoshop em ação sobre minha visão.

Divi-Divi


Adeus, dividivi
Bar e psicina do Divi-Divi

Ficamos no hotel Divi-Divi, que apesar de pequeno, tinha o quarto e banheiros bem grandes. Duas piscinas — uma delas é aí na foto — e um jardim pequeno, mas bem colorido, cercando o bar.


Ponta Negra






Morro do careca
Vista para o Morro do Careca


O hotel fica na praia de Ponta-Negra, que me parece ser a porta de entrada para os turistas. Possui vários hotéis, pousadas, restaurantes, bares.

É nela que se encontra um dos cartões postais de Natal: o Morro do Careca. Antigamente faziam o ski-bunda para descer pelo morro, mas hoje a prática é proibida, mesmo subir o morro é proibido. Parece que a movimentação estava destruindo o morro, com a areia toda descendo morro abaixo.


A praia é bem urbanizada, tendo pela orla um calçadão correndo ao lado da rua. Durante a noite ela é bem iluminada, cheia de casais sentados nos bancos,  se pegando namorando. Apesar de alertas dos guias locais quanto à segurança e tudo mais, achei a praia bem calma para passear durante a noite. E anoitece bem rápido por lá: às 18 horas o céu já está escuro.

Durante o dia vários quiosques, restaurantes, bares e ambulantes.  Mas com a citada urbanização surgem os problemas que te impedem de relaxar.  A todo momento alguém te oferece alguma coisa, pede dinheiro, e, o pior e mais irritante,  os carrinhos de som . Estes carrinhos são empurrados pela areia, tocando invariavelmente alguma música que você não suporta, em um volume que você não agüenta. E existem VÁRIOS deles. Em um dia em que fui aproveitar a praia durante o dia, estacionaram uns três carrinhos logo ao lado, tocando algo que ainda escuto em meus pesadelos. Ok, forcei a barra, mas era duro de agüentar.

Outro problema era andar pelo calçadão. Deve-se tomar cuidado para não ser atropelado por ciclistas e motociclistas que correm entre os pedestres. Quase me levaram o braço. E, pelo que percebi, geralmente os motociclistas são entregadores, levando produtos para os quiosques e quase atropelando seus clientes.

Pensando bem, parecia uma praia de SP, mas com um visual lindo e águas limpas. Bom, mas se quiser sossego o jeito é ir para as outras praias da cidade.

Passeios


As agências oferecem vários passeios. Eu não fiz todos, na verdade não fechei quase nenhum pacote. Mas um que fechei e recomendo é o passeio de buggy. O buggy te leva desde a porta do hotel até a praia de Muriú (se não me engano), passando pela Via Costeira, pelo parque das Dunas e outras praias do litoral norte.

Em meio às Dunas tinham até dromedários, que podem ser montados caso você se disponha a gastar R$30 reais (nem só o mar é salgado). Muitos turistas se contentam em tirar fotos.
Outro passeio foi o City Tour, que passa pelo centro histórico da cidade e depois vai em visita ao maior cajueiro do mundo, uma anomalia genética que se estenderá por todo o planeta, ao lado da praia de Pirangi. Na praia fica a marina Badauê, que oferce passeio de barco e mergulho em piscinas naturais.

Na praia optei por não comer no resturante da marina, querendo experimentar o peixe preparado numa barraca na praia. O peixe estava bom, acompanhado de arroz e fritas.

Aliás, uma das coisas que mais fiz por lá foi comer. Comer camarão. Natal é a capital do camarão, sendo a principal exportadora do crustáceo no país – a “plantação” de camarões é chamada carcinicultura. E, comparando com São Paulo, o camarão lá é barato e sempre fresco. Para quem adora, como eu, dá para aproveitar para comer todo dia.

Outro passeio que eu queria experimentar era de ver  o pôr do Sol em João Pessoa, ao som do bolero de Ravel. Opa, João Pessoa? Também achei estranho que um dos passeios mais oferecidos na região fosse de ir para a capital do estado vizinho. Deve ser bacana mesmo! Mas eu não quis fechar pacote (economizar para comer camarão!) e pegamos um dia para alugar um carro e ir pro litoral Sul.
Passamos primeiro na praia de  Tibau do Sul. Lá um garoto, um dos guias mirins da região, se ofereceu para nos levar para a praia de Pipa.  Aliás, este garoto contava umas histórias muito curiosas. Ao chegar na gente, ele disse ser amigo do Sérgio, da locadora em que alugamos o carro.  Super simpático, disse que às vezes passeava com o Sérgio e tudo mais.  Após darmos uma volta pela praia e tomar uma água de coco, aceitamos a oferta e pegamos o carro e o garoto em direção à praia de Cacimbinha e Ponta da Madeira.

Não lembro bem em qual delas é preciso descer uma escadaria de madeira. Deve ser a Ponta da Madeira, acho. Só sei que se não fosse o garoto eu teria passado direto por esta praia. E perdido a bela paisagem.  A entrada é direto pela estrada, por um portão estreito em um muro. Estranho, mas verdade. Tiramos fotos, demos outra volta, olhamos de longe a Praia do Amor e  rumamos para Pipa, afinal, teríamos de estar em João Pessoa antes do anoitecer.  E na viagem a gente ia conversando, e o menino disse saber falar várias línguas, por conta do bico de guia. Até já tinha tinha ido para a Suíça para a casa da tia. Mas lá era chato e ele preferia o Brasil.

Chegamos a última praia em nosso roteiro. Todas as praias são lindas, e Pipa não é exceção. Mas Pipa é mais badalada, tem um cidadezinha antes da praia que se parece com um vilarejo rústico. E é um vilarejo rústico, a não ser por várias lojas de moda praia, decoração presentes etc, que se encontram por lá, além de restaurantes e café, que pareciam bem caros.

Bom, demos uma volta, tiramos umas fotos, cortei a sola do pé nas pedras da praia, comemos alguns pastéis, largamos o garoto na saída da cidade e zarpamos para Paraíba. Pelo caminho ainda acompanhamos a orla de algumas praias, uma mais linda que a outra. Durante a viagem a gente ia acompanhando o sol já descendo no horizonte… Será que vai dar tempo?

Rumo a Paraíba


Seguindo placas finalmente chegamos em João Pessoa. Restava achar o pôr do Sol. A informação que tínhamos era que existia, em João Pessoa, um pôr do Sol ao som do bolero de Ravel. Onde?

Paramos num posto e perguntamos ao frentista:
- Onde a gente consegue ver o pôr do Sol ao som do bolero de Ravel?
E ele responde de bate pronto:
- Em Cabedelo, é só seguir adiante e ir vendo as placas.
Parecia um diálogo cifrado do Agente 86…

E com Sol já meio baixo, rumamos para Cabedelo. Chegando em Cabedelo me lembrei de um tal de praia do Jacaré, onde ficava o pôr do Sol. E fizemos um retorno seguindo para a praia do Jacaré. Chegamos! Uns 15 minutos antes do Sol ir embora. E o mistério de ver o pôr do Sol na praia, no Brasil, foi desvendado. A gente assistiu o Sol se pondo na margem oposta do Rio Jacaré.  Com o Jurandy do Sax tocando o bolero de Ravel, com a última nota sendo lançada no momento do último brilho do Sol.  Espetacular!

Pôr do Sol na praia do Jacaré

Pôr do Sol na praia do Jacaré

Depois da epopéia de um dia, voltamos para descansar em Natal. No dia seguinte devolvemos o carro e descobrimos que o garoto, guia mirim, era paieiro. Não conhecia Sérgio nenhum e que na verdade todos os guias mirins da cidade conheciam de cor os carros de locadoras, inclusive sabendo a placa e de que locadora era, inclusive o nome das pessoas responsáveis pelas locadoras. o.O
E a história de vários idiomas e ter ido para a Suíça? Mistério…

Restaurantes

Comer é viver, e vice-versa. Então relaciono os lugares em que comi:
  • Camarões e Camarões – Potiguar – EXCELENTE:  ótimos restaurantes,  comida muito boa, assim como o atendimento. O preço é razoável, mas pensando num restaurante do mesmo nível em  Sampa, fica barato. Se puder comer fora apenas uma vez quando estiver na cidade, coma em algum deles. Mas escolha mesa para não-fumante. A proibição só existe em São Paulo!
  • O Peixe -  BOM: prato bom e bem servido por um preço camarada. Fica ao lado do restaurante Camarões. Muito bom para comer camarão no almoço sem esvaziar (muito) a carteira. Encher a barriga de camarão ficou em torno de 30 ~40 reais para o casal.
  • Taiyo -BOM: comida japonesa, passei lá para jantar e comer um teppan de, adivinhe. Isso, camarão. Muito boa comida e os donos são excelentes pessoas, daquelas de passar a noite toda conversando, mesmo sendo a primeira vez que encontra na vida.
  • Divi Divi – BOM: o restaurante do próprio hotel em que fiquei também tinha uma comida muito boa . O preço ficava na média da região.
  • Terra do Camarão – BOM para RUIM: este oferecia um rodízio de camarão.  Tinha desde estrogonofe de camarão até espaguete ao sugo com camarão, camarão frito e tudo mais.  Alguns pratos eram bons. Por exempo,  o caldinho estava uma delícia, assim como o bobó. Mas alguns pecavam e não tinham muito gosto, como o espaguete e outros cheios de óleo, como o à francesa. Pelo preço achei que não compensou.
  • Parada Obrigatória – RUIM: atendimento muito demorado, mesmo considerando o talento da região. E meio ríspido também. A comida também deixou a desejar. Existem muito lugares para comer na cidade. Pule este.
  • Pittsburg – RAZOÁVEL: nem toda refeição pode ter camarão. Esta é uma hamburgueria estilo McDonalds, Bobs etc.  Enfim, a comida da minha terrinha: fast food. Mas pelo menos pedi uma porção de macaxeira frita, ao invés das batatas de sempre.
  • Pastelaria na Praia de Pipa – BOM: lá comi um pastel que nunca tinha experimentado. Pastel de lagosta. Era a carne de lagosta desfiada, recheando bem um pastel frito na hora. Nipônico de São Paulo,  já comi muitos pastéis nesta vida, e os da praia estavam apenas ok. Mas vale a pena pelos recheios: lagosta, caranguejo etc.

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